Educação e humanidade

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O Professor, responsavel tambem pela socialização do conhecimento, deve ter visão sistêmica, consciência crítica e reflexiva, visão de mundo e orientar os alunos para a construção da autonomia.

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Última actividad: 26 Mar 2011

Ao tratar de TIC, EAD e Humanidades, num dos trabalhos do Doutorado, considerei a distância entre os níveis tecnológicos, nos vários campos do conhecimento, e nas realidades humanas no planeta é perigosamente grande e que enquanto uma minoria se abastece de informação e conhecimento científico, faz uso das vantagens das inovações, a maioria padece das deficiências mais primárias da vida humana e neste contexto está a Educação, a EaD, portanto.
Em outras reflexões importantes formulei questões sobre se os dirigentes de instituições de ensino estão informados suficientemente sobre essas realidades; têm um posicionamento ideológico e ético capaz de possibilitar uma reflexão crítica na escolha das melhores modalidades de ensino, de modo a garantir uma coerência educacional e qualidade de ensino? Como considerar a proposta da UNESCO: o Aprender a Ser, nas diversas realidades sócio-culturais, diante da intervenção do poder dominante?
Aos educadores, ficam estas perguntas! A Educação à Distância é uma valiosa fonte de pesquisa dessas realidades e das conseqüências das desigualdades. A ampliação dos canais de acesso à informação e a motivação para a participação no mundo global, através das redes de comunicação e a sua legítima intervenção como instituo humano torna a EaD capaz de defender os direitos mais legítimos da humanidade. Neste propósito, devemos refletir sobre outra questão: em Educação desenvolvemos igualmente tecnologias e humanidades?
Tecnologias e humanidades são conceitos de ampla complexidade. Envolvem reflexões sobre “o bem e o mal, o verdadeiro e o falso, o útil e o perverso” (LE MOIGNE, 1999), “o conhecer... descrever para reencontrar” (BACHELARD, 1987).
A autonomia da Educação, no exercício da função de extrair o melhor dos saberes humanos, de dispor esses saberes em forma de recursos para a qualidade de vida humana no mundo global, está longe de se efetivar. O mundo parece não permitir uma ambiência favorável para que isso ocorra. O significado de qualidade diverge em momentos e espaços; parece que o ser humano e suas comunidades optam por constituir realidades distintas, onde as potencialidades de cada um seja um diferencial de competitividade.
A natureza humana é a essência. Com ela, educadores e sistemas educacionais devem se ocupar, antes de se ocuparem com os meios educacionais e tecnológicos.
A complexidade destas questões deve ser tomada por princípio, meio e fim de todas as modalidades educacionais e dos avanços na tecnologia. Parece que a complexidade humana vista sob a ótica da ética, nos reserva uma única possibilidade de ação: aceitar a diversidade e extrair dela os caminhos da convivência e do desenvolvimento sustentável e, qualquer recurso proposto deve ser validado por este princípio-ação.
A EaD pode servir de caminho de comunicação e sistematização da diversidade humana e da significação real das contribuições dos povos, dispostas em todos os espaços humanos. Como espécie, configuramos hoje uma nova estrutura social, uma nova linguagem, com novos significados para relações e vida e é possível que os povos menos favorecidos pelo progresso material estejam motivados para obtê-los e vejam na EaD um caminho para o acesso ao mundo dos negócios, para satisfazer suas necessidades primarias, exclusivamente.
Cabe então, aos educadores, um posicionamento firme no cumprimento da missão de Educar e o devido tratamento das variáveis desta realidade para promover, gradativamente, os ajustes filosóficos e metodológicos da Educação. Cabe a eles criar mecanismos educacionais na EaD capazes elevar os níveis de suficiências das comunidades, de modo a possibilitar o desenvolvimento integral para a sustentabilidade, a partir de uma distribuição equilibrada do conhecimento.
“Povo que não tem memória do seu passado, não tem futuro” (AKIO MORITA).

AUTONOMIA E CONSCIÊNCIA CRÍTICA ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO, DA EAD.

Muitos ainda pensam que educar é mudar comportamentos. Neste conceito está implícita a ação educativa corretiva, de ajustes de comportamentos do aluno, para atender a um determinado padrão, o que sugere a avaliação de sua adequação à conformidade a um padrão de desempenho. Este princípio educativo sujeita a autonomia do indivíduo a uma verdade “maior” já estabelecida.
É sutil, portanto, a essência da missão educativa. Parece não haver abertura para identificar as forças e fraquezas dos alunos relativas às suas próprias aspirações, às suas capacidades humanas e dificuldades no exercício do seu potencial para a qualidade da sua vida e de sua comunidade, suas motivações e possibilidades de desenvolvimento, suas descobertas e contribuições. Porem, educar é promover a ampliação da consciência critica e reflexiva do sujeito individual e coletivo, muito mais e muito antes do que mudar comportamentos.
As grandes exigências incluem visão e ação sistêmicas (Morin, ??), analise de cenários mundiais, tendências e, principalmente, visão educativa crítica capaz de priorizar os seres humanos sobre os aspectos formais da sociedade e dos modelos sociais reguladores, que dirigem o homem para caminhos pouco humanos.
A consciência reflexiva e a consciência crítica (Heemann, 2001) passam a ser requisitos primeiros no perfil do docente. A sua sensibilidade deverá se voltar à essência do ser humano e não mais às suas finalidades e utilidades num sistema social que prioriza o lucro e depreda o ambiente humano. Terá que redesenhar o ambiente de aprendizagem, os programas, os objetivos educacionais, específicos e instrucionais, as relações em rede, a relação ensino-aprendizagem e sua atitude perante o mundo.
O equacionamento adequado da problemática educacional envolvendo a utilização das tecnologias requer a revisão de princípios, noções, critérios, conceitos e valores dos novos paradigmas científicos que colocam em xeque o atual modelo de construção do conhecimento fundamentado num movimento intelectual ultrapassado.
A autonomia é condição para a consciência crítica. Sem a resolução da dependência, a crítica nada mais é que reação, sem valor para o desenvolvimento humano e educacional.
Por fim, acrescento que a dificuldade de aferir resultados da ação da EaD no desenvolvimento de tais atributos humanos reside no fato de serem insuficientes as pesquisas e os estudos disponíveis no universo da EaD, de modo a permitir uma analise satisfatória.
"O ensinar inexiste sem aprender e vice-versa", e nessa dinâmica os educandos se modificam continuamente em sujeitos autores e construtores dos seus saberes. Por isso, "ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar as possibilidades para sua produção ou a sua construção", (Freire, 2003) ou “ampliação da consciência”, (RUBENS ALVES, 2008).
Aguardo seus pareceres. Saludos cordiales. Zaide Sá.

Foro de discusión

Desenvolvimento humano e meio ambiente. Uma analise psicodramática

Iniciada por Zaide Sá 7 Jun 2010. 0 Respuestas

Olá caros colegas. Inicio a discussão, com uma entrevista que dei ao Programa OLá Planeta, na CWBTV, canal 5 da NET, aos sábados das 20h30min. Sugiro que vejam esta e outras repostagens interessantes…Continuar

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Comentario por Zaide Sá el mayo 23, 2010 a las 8:28pm
Para ativar a discussão sobre o tema, escrevo mais um pouco sobre, e convido aos Educadores participantes deste congresso a incluírem seus conhecimentos.
Por mais de trinta anos de docência para adultos no ensino superior, vejo que a Educação, muitas vezes se restringe à informação e padronização de respostas do aluno ao mercado. Isso me entristece, já que Educação é, ao meu ver e ao ver de alguns Educadores, um processo pelo qual passamos para evoluirmos como seres humanos nas dimensões orgânica, psíquica, relacional e espiritual; para podermos construir qualidade de vida que nos favoreça e favoreça à humanidade. Pode parecer ideal,mas algumas experiências docentes mostram que é possível promover a consciência crítica e reflexiva, a cooperação e a responsabilidade social. Isso requer a socialização do conhecimento, do acesso ao saber científico por toda a humanidade, para diminuir a distância
entre os povos, comunidades, pelo menos neste âmbito. Dar ferramentas iguais de conhecimento, para que a luta pela vida não seja tão desigual.
Por outro lado, há hoje uma nova dinâmica social, promovida pela velocidade na geração de informações, pela ampla possibilidade de troca através das TIC e da Educação à Distância, e, por isso, creio que se unirmos tais fatores, poderemos, nós Educadores, avançar na jornada de desenvolvimento através da Educação. Compartilhem. Eu agradeço. Saludos. Zaide Sá.
 

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