"Nadie enseña a nadie, con humildad para aprender, tod@s aprendemos de tod@s"
Não há negar que o estudo da teoria sociológica não tem mais como preservar-se abstrato na era das técnicas de comunicação e informação. A idéia de Max Weber (1864 – 1920) voltada para pôr em obra uma metodologia das ciências sociais levando em conta unicamente as fontes documentais clássicas de história das civilizações, como os relatos de época e a pesquisa historiográfica, padece de anacronismo diante do impressionante desenvolvimento das técnicas de comunicação, quando em um abrir e fechar de olhos passamos pelos diferentes tempos e escalas de tempos inerentes às civilizações, nações, tipos de sociedades e grupos variados.
Isto não significa que a teoria sociológica tenha seu alcance diminuído. Pelo contrário, novos caminhos surgem no horizonte, e se os sociólogos mais formais como Weber concederam pouco mais que um olhar abstrato aos níveis culturais da realidade social, deixando escapar a experiência concreta dos símbolos sociais em ligação às mentalidades coletivas, hoje em dia o sociólogo já não mais pode dar-se a tal luxo.
A era das técnicas de informação faz ver que os problemas sociológicos não mais serão alcançados sem levar em conta o fato básico de que não há comunicação social fora do psiquismo coletivo.
Quanto mais tais técnicas se afirmam maior é o peso do psiquismo coletivo como problema sociológico. Isto sem falar das tendências para a tecnificação do saber com seus esquemas prévios disseminando a estandardização sobre a consciência coletiva e os níveis culturais da realidade social.
Desta forma, revela-se indispensável o estudo da dialética sociológica, em especial a aplicação da mirada diferencial ao problema da inserção da psicologia coletiva no âmbito da sociologia, para pôr em relevo a variabilidade e o pluralismo social efetivo.
Nosso ponto de partida é o fim da competição entre psicologia e sociologia, já que as duas disciplinas vão buscar uma à outra os seus conceitos e a sua terminologia, incluindo as noções de expectativa, símbolo, mentalidade, atitude, papel social, ação, etc.
Da mesma maneira, já foi proclamado o fim da oposição entre a psicologia coletiva e a psicologia individual, tendo sido afirmada a idéia de que o social penetra no psicopatológico e que essa penetração do social é um fato conseqüente não só para a psicologia patológica, mas igualmente para a psicologia fisiológica .
Quanto ao mais, cabe advertir que, examinando unicamente tal problema da inserção da psicologia coletiva na sociologia, esta obra monográfica é uma coletânea de artigos, portanto não está isenta de repetições.
Leia mais: Dialética e Consciência Coletiva
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