"Nadie enseña a nadie, con humildad para aprender, tod@s aprendemos de tod@s"
A CONTRIBUIÇÃO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – LIBRAS
AO TEATRO MUSICAL NO PROCESSO INCLUSIVO
Lisete Maria Massulini Pigatto
O presente trabalho trata sobre a “A contribuição da Língua Brasileira de Sinais – Libras do Teatro Musical no processo Inclusivo.” A ideia de trabalhar com a Libras e organizar um coral para cantar nessa língua surgem a partir do curso organizado pela Secretaria Municipal de Educação na Cidade de Santa Maria, RS. Neste tipo de comunicação estava o que se precisava para complementar as atividades desenvolvidas com o Projeto Alegria no Teatro Musical. Sendo esta uma excelente estratégia para ensinar Libras a todos os alunos e resgatar os saberes fundamentais para o exercício democrático.
O Projeto Alegria desenvolve-se no Colégio Estadual Coronel Pilar, beneficiando em torno de duzentos alunos, do primeiro ao sétimo ano no Ensino Fundamental. A proposta conta com o apoio dos professores e da direção na escola. Anualmente através do Projeto Alegria organizam-se ações e atividades educativas de forma lúdica, recreativa e sistematizada de acordo com o calendário escolar para desenvolver a aprendizagem e a cidadania.
O trabalho é desenvolvido semanalmente pela Educadora Especial Lisete na sala de aula, com todos os alunos onde se encontram os deficientes visuais incluídos e nas demais turmas que demonstram interesse no projeto. A proposta desenvolveu-se concomitantemente com o trabalho do professor na sala de aula, numa forma de docência compartilhada e complementada no Atendimento Educacional Especializado de acordo com as potencialidades e as necessidades dos alunos, no outro dia, em horário inverso ao da sala de aula.
O tema do teatro musical surgiu a partir do interesse dos alunos em dançar funk, o qual inicialmente, não era permitido devido à inadequação de determinadas letras das músicas à escola. Para resolver este problema foi organizado o Teatro Musical: Do paradigma integrador ao inclusivo através do Rádio. Semanalmente resgatávamos um pouco da historia do Brasil através do diálogo, instigando-os a pesquisar nos livros, na internet ou obter informações junto às pessoas mais velhas que vivenciaram esta época até chegar ao funk.
O Projeto Alegria vem desenvolvendo a aprendizagem e a cidadania nos alunos através da arte e da cultura há dez anos. Para isso anualmente organiza um teatro musical para trabalhar a formação do autor cidadão. Neste ano o teatro inicia-se na década de 20, numa época marcada pela forte influência positivista de Augusto Comte com a música Positivismo de Pixinguinha e Noel Rosa. Destaca a crise de 1929 e a força do saber científico; ultrapassa a Ditadura de Getúlio Vargas (1937 – 1945) , a Ditadura dos Militares (1964 – 1985); até chegar ao período democrático, caracterizado pela música Longe de Casa do Grupo Blitz. Um período onde o Rádio abre-se aos anseios populares, consolidando a democracia e promovendo a inclusão das comunidades através da música Ela balança, mas não para, de MC Buiu.
A proposta chama a atenção da escola e da sociedade sobre o novo modelo social inclusivo. Pois se trata de uma nova forma de vida e de convivência fundamenta na Constituição Cidadã de 1988, onde todas as pessoas devem ser respeitadas nas suas particularidades e na cultura. Serve também como um alerta aos governos sobre a importância estratégica que tem uma educação de qualidade no desenvolvimento socioeconômico de um país.
Desenvolve-se este trabalho na escola no intuito de que os alunos aprendam a viver e a conviver com o outro em harmonia. Para que adquiram hábitos e atitudes saudáveis, desenvolvam habilidades para cantar, dançar, ler, escrever, questionar, analisar, elaborar textos, participar socialmente de forma crítica e construtiva; pensar numa futura qualificação profissional, tentar resolver problemas escolares e na vida prática de forma alternativa e interativa.
Justifica-se o teatro musical e o ensino da Libras aos alunos devido as exigências do novo modelo social inclusivo. Pois, este requer que se minimizem as diferenças socioeconômicas e se melhore a comunicação entre as pessoas através da educação. Para isso se tem como objetivo instigar uma aprendizagem diversificada de modo que possam ter acesso às informações de forma lúdica, recreativa e sistematizada construindo seus conhecimentos.
A proposta atende às perspectivas do novo modelo social inclusivo, de modo que todas as pessoas possam aprender a aprender (MORIN, 2001), aprender a viver e a conviver no sistema democrático de forma saudável. A dinâmica desenvolve-se de forma inter, transdisciplinar e multidimensional associando a teoria e a prática aos conteúdos e à proposta da escola. Organizada de forma lúdica, recreativa e sistematizada, para que os alunos possam vivenciá-la através da arte, música, da dança e dos costumes.
O Teatro Musical: “Do Paradigma Integrador ao Inclusivo através do Rádio” instiga os alunos a pensar e a perceber as mudanças sociais ao longo do tempo. Ao comparar os dois modelos, o integrador e o inclusivo aprendem e exercitam a cidadania, se empoderam com saberes, desenvolvendo-se com autonomia, minimizando as diferenças e obtendo mais qualidade de vida.
Desenvolve-se esta experiência de forma inovadora no intuito de que os alunos aprendam a viver e a conviver com o outro de forma saudável. Também para que percebam através do teatro musical a evolução do ser humano.
O projeto contempla a Lei 11.769/2008, a qual determina a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica a partir de 2011. No teatro associando as músicas ao tempo, trabalhamos a importância do Rádio no desenvolvimento do país. Destacamos a influência do Positivismo no Brasil, a abertura democrática e a inclusão das comunidades através do funk.
Desenvolve-se de acordo com os PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais onde os temas transversais circulam pela estrutura dos conteúdos curriculares no intuito de que desenvolvam as habilidades e competências necessárias para participar no sistema democrático de maneira saudável.
Nesta proposta cada professor é autor e o executor do seu trabalho. Para isso, atuam em equipe no intuito de que os alunos desenvolvam as habilidades e as competências necessárias ao seu pleno desenvolvimento.
Sendo assim utilizamos a música e a Educação Fiscal para que os alunos aprendam a desenvolver a habilidade de pensar, de comparar as características socioeconômicas e nas épocas históricas de forma lúdica, recreativa e sistematizada. Porque se acredita que o pensar estimula a pesquisa, motiva a busca de alternativas e oportuniza a construção de conhecimentos para a solução dos problemas pessoais ou sociais. Utilizamos a Libras para demonstrar que existem outros tipos de comunicação, melhorando consideravelmente a sua autoestima e a empatia, na percepção do outro.
No Art. 1º da Constituição Federal encontram-se os Fundamentos do Estado Democrático de Direito. Nos fundamentos e princípios destaca-se: a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; os valores sociais do trabalho e da livre-iniciativa; o pluralismo político. Valorizando a educação.
O Programa de Educação Fiscal foi instituído pela Lei Nº. 11.930, de 23 de junho de 2003 no Rio Grande do Sul e pretende formar cidadãos conscientes quanto à função e a aplicabilidade socioeconômica dos tributos, no intuito de desenvolver uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.
A Educação Fiscal, a musical e a Língua Brasileira de Sinais – Libras no ensino fundamental até então não eram valorizadas no processo de ensino aprendizagem. A partir das determinações legais passam a ser utilizadas como saberes escolares significativos que se articulam de forma inter, transdisciplinar e multidimensional melhorando a qualidade de vida.
Aristóteles, no Século IV já afirmava que temos que aprender fazendo. Siemens (2012) vai mais além, afirma que precisamos saber fazer para transformar a realidade. Para isso desenvolveu o Conectivismo, uma teoria de aprendizagem condizente com a realidade tecnológica e a sociedade presente. Segundo o autor contemporâneo, aprende-se na medida em que se interage na rede e se ultrapassam as expectativas, numa perspectiva inclusiva.
Assim justifica a utilização do Conectivismo, porque as teorias de aprendizagem existentes são insuficientes para compreender as características humanas no século XXI. George Siemens (2003), no seu Learning Ecology, Communities, and Networks: Extending the Classroom, já manifestava preocupações simbióticas entre o mundo virtual e o físico contemporâneo.
A proposta da escola tem como princípio a direito de aprender para isso utiliza os conteúdos formais da escola e os informais associados ao Conectivismo. (SIEMENS, 2012) Atua-se desta forma porque o social se sobrepõe ao biológico e precisamos aprender a viver e conviver dignamente.
Na era digital aprender faz parte do processo democrático. Seja na educação formal ou informal, em cursos complementares, ou seja, nas mais diversas formas. Para isso precisamos desenvolver habilidades e competências nos alunos, de modo que possam transformar estas informações em conhecimentos segundo Dolors Capdet (NANEC, 2012). Transformar informações e conhecimentos em ações para melhorar a qualidade de vida.
No livro, O ensino de música na escola fundamental, a autora Alícia Loureiro (2010, p.24) destaca que “a educação musical requer novas propostas, novas possibilidades de intervenção educativa, pois é nessa fase da escolaridade que se dá a formação e o desenvolvimento de habilidades”, influencias importantes para o desempenho do cidadão no contexto social.
Na infância, a música, a dança e o movimento são muito importantes. Geralmente a ação humana envolve mais especificamente a atividade corporal e a criança, que [...] utiliza-se dela para buscar o conhecimento de si mesma e daquilo que a rodeia, relacionando-se com objetos e pessoas. (RADESPIEL, 1999, P. 6) Toda esta ação amplia os seus conhecimentos, dá sentido a arte e ao movimento porque a motricidade esta ligada a atividade mental e social.
Os alunos ao se exercitar sentem prazer no movimento e de maneira curiosa manifestam vontade de explorar o ambiente. A partir das brincadeiras adquirem autonomia, conquistam a liberdade com mais segurança e alegria. Além de ter a oportunidade de exercitar desde cedo a sua cidadania. Pois percebem o direito de ir e vir , de poder aprender de forma diversificada , consolidando as bases da Educação Inclusiva.
Vista como um meio e uma oportunidade de realizar o sonho da Educação para Todos, conforme percebem Chabra, Chopra e Dutta em seu artigo intitulado “Attitude of prospectivete acherstowards inclusive education” , (2012, p.07). Num trabalho com esta perspectiva faz-se necessário incentivar, motivar e oportunizar que os alunos possam aprender a aprender (MORIN, 2001) continuamente de forma diversificada. A partir de um currículo contextualizado, dialógico dialético, divertido, inovador e criativo, torna-se possível transformar o aluno, em um ser humano ético e moral, num cidadão.
No seu livro A Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire (1973) afirma que o autêntico humanista vale-se do dialogo para transformar a realidade pois “o diálogo é o encontro amoroso dos homens que, mediatizados pelo mundo (...) o transformam e, transformando-o, o humanizam para a humanização de todos" (FREIRE, 1973, p.46). Uma prática que se dá através da constante ação-reflexão, capaz de desenvolver no país uma cultura democrática.
Neste viés, questiona-se a contribuição da Libras no Teatro Musical no cotidiano do aluno? Percebe-se que a união destes elementos facilita a comunicação, a percepção, a imaginação a emoção e os sentimentos, instiga a produção textual e artística. Facilita à compreensão e a interpretação histórica, a interação com o mundo, motiva a relação de autoconfiança, estimula o respeito e oportuniza a solução de problemas contemporâneos.
O trabalho tem como objetivo demonstrar uma experiência realizada com o coral em libras conjuntamente com o teatro musical. Uma prática alternativa que favorece a aprendizagem da LIBRAS de forma lúdica recreativa e sistematizada para que os alunos ampliem a comunicação com as pessoas surdas, minimizando preconceitos, promovendo a inclusão escolar e social.
Metodologia
O projeto desenvolve-se por meio da investigação ação, fundamentada na bibliografia e na Legislação Brasileira. Em relação aos objetivos a pesquisa será dialética e servirá como fonte de estudo. O método de abordagem será o dedutivo, porque parte-se do geral para chegar ao mais preciso e está de acordo com o Projeto Político Pedagógico da escola e o Regimento Escolar.
A educação utilizada na escola tem um caráter humanista e libertador. Para isso desenvolve uma metodologia que apresenta estratégia, iniciativa, invenção e arte. Um método que requer uma avaliação constante e concorda com Ventura (2012, p.33) porque “a insegurança que deriva da produção individual de um método pode ser compensada pelo gesto constante de auto-avaliação, que transforma o uso do método num exercício ainda mais profícuo.”
Na preocupação central encontra-se a conscientização dos alunos sobre o respeito e a responsabilidade social que se produz nas pessoas quando trabalham para transformar a vida, resultado de um confronto com a realidade.
Para isso utiliza-se a Metodologia Recreação e Cidadania (2008) e a Metodologia da Investigação Ação, fundamentada em Carr e Kemmis (1988) numa proposta dialógica e dialética no intuito de dar sequência ao trabalho de pesquisa no processo de ensino aprendizagem de forma ousada e inovadora.
O projeto desenvolve-se com todos os alunos visando à inclusão escolar e social porque a proposta da escola tem como princípio a direito de aprender. Para isto utiliza os conteúdos formais da escola, os informais e o conectivismo (SIEMENS, 2005) transformando o saber e resgatando a autoestima do aluno.
O teatro musical geralmente é o primeiro evento organizado na escola a partir da reivindicação dos alunos. Um evento anual, assim como o Festival Cid Legal, desenvolvido concomitantemente com o Programa de Educação Fiscal. Nos eventos anteriores este estilo de música não era aceito devido à falta de vinculo com o tema. Para atender a reivindicação dos alunos selecionamos um funk contemporâneo e organizamos a evolução histórica brasileira, iniciando nos anos 30 com o Positivismo, a qual demonstra o poder do saber formal.
Na sequencia utilizamos a música Longe de casa, caracterizando a importância do Rádio na abertura e na manutenção da democracia. A sua força na inclusão das comunidades através do funk, caracterizando assim o novo paradigma que prima pelo respeito pessoal e pela valorização das culturas.
Avaliação dos Resultados e Discussão
A partir da analise percebe-se que estamos apenas começando a trabalhar a inclusão. Há muito a ser feito e discutido para que as pessoas percebam como funciona este novo modelo social, onde o respeito torna-se fundamental para o desenvolvimento socioeconômico. As dificuldades existem e a formação constante dos professores e da comunidade se faz necessária para melhorar o relacionamento interpessoal e a qualidade de vida nos povos.
Neste trabalho parte-se de um modelo Positivista, onde apenas o saber científico tinha valor, para um modelo onde todos os saberes são contemplados. Nesta época as normas eram rígidas e a ordem vigente deveria ser seguida. Deste modo as pessoas obrigavam-se a adequar-se ao sistema e a obedecer às determinações legais. Atualmente caminha-se em direção a um modelo voltado ao dialogo e ao entendimento, numa perspectiva democrática, que instiga o aprender a aprender, aprender a fazer para ter e ser um cidadão.
A partir do exercício com a Libras, inicialmente associamos as palavras aos sinais e depois passamos a interpretá-las no palco com muito sucesso. Trabalhamos com os alunos e professores o alfabeto em Libras, algumas palavras, frases, as letras de música associando a música e a dança ao comportamento na época numa visão mais humanista, onde os saberes uniram-se valorizando as habilidades e o potencial dos alunos.
As músicas foram lidas, interpretadas e cantadas de forma regular. Nestas atividades utilizamos as músicas: o positivismo e o funk para trabalhar o comportamento nos alunos como muito sucesso. Inicialmente tentavam reproduzir comportamentos inadequados à escola. Porem, gradativamente, a partir das intervenções das professoras, os alunos perceberam que podem participar de qualquer evento, se divertir e dançar qualquer tipo de música desde que se comportem com educação e respeitem as pessoas no entorno.
As intervenções realizadas de forma inovadora com há Libras e o resgate do processo histórico no teatro musical vêm sensibilizando as pessoas sobre o tema inclusão e aprimorando o processo de ensino aprendizagem há cidadania. Nos pais e na comunidade o tema despertou muita discussão porque partimos de um modelo social da direita. Da Ditadura Republicana dos Positivistas em direção ao pensamento de esquerda sem nos posicionarmos.
No trabalho valorizamos a democracia e destacamos a sua importância para o desenvolvimento no país. Deixando as pessoas surpresas porque até então o poder ficava concentrado na mão de algum partido ou grupo específico e estas queriam uma definição: fique na direita ou fique na esquerda, mas não em cima do muro. Tomar uma atitude de estadista as surpreendeu.
Acredita-se que devido a esta atitude tenha ocorrido o choque cultural e as suas manifestações de indignação. Durante a vida muitas pessoas sonharam com uma sociedade ideal e na realidade vem se deparando com um grande desafio. Devido a falta de informações, conhecimentos têm dificuldades para viver e conviver neste novo modelo social inclusivo, voltado à democracia.
Neste novo modelo social inclusivo, acredita-se não existir mais direita e esquerda, mas interesses pessoais e sociais. Portanto os partidos devem entender-se, para contemplar os cidadãos com Políticas Públicas eficazes.
Os resultados têm sido muito significativos, atingem as metas e os objetivos estabelecidos. A proposta além de ampliar a aprendizagem, instiga uma reflexão ética e o exercício moral ajuda a aprimorá-los como seres humanos. A consciência cidadã nos alunos já está bem mais desenvolvida, valorizam a escola e os seus saberes, manifestam-se com autonomia e participam na comunidade com responsabilidade social. Percebem a importância da nova ordem social que visa à inclusão de todos ao sistema democrático, contribuindo com ideias e sugestões para um mundo mais feliz.
Neste ano os alunos apresentaram o teatro musical na Feira do Livro e no Mobrec com o título: Do paradigma integrador ao inclusivo através do Rádio, onde cantando e dançando fizeram há retrospectiva histórica educacional de um paradigma a outro. Surpreendendo pela repercussão do trabalho.
A maioria dos pais solicitou que se desse sequencia ao trabalho, enquanto alguns poucos complicaram com o funk impondo alguns preconceitos. A partir destes eventos foi produzido e publicado um vídeo: um livrinho eletrônico com a atividade educativa para ser divulgado e analisado.
A relevância do trabalho está na aprendizagem dos alunos, no prazer que sentem em aprender de forma diversificada. Na alegria que tem em subir no palco resgatando a sua autoestima pelo reconhecimento na comunidade. Constata-se que o trabalho vem empoderando os alunos com informações e oportunizando a construção de conhecimentos significativos à medida que estes são vivenciados. Num processo de ensino aprendizagem que os ajuda a compreender melhor a função da historia, se transformando num cidadão ético e moralmente mais humano capaz de produzir coisas boas à sociedade.
Auto Avaliação
O trabalho desenvolve-se semanalmente, com assiduidade e responsabilidade nas salas de aula e os professores encontram-se numa formação constante para que os alunos tenham uma Educação de Qualidade.
Conclusão
Conclui-se que a contribuição da Libras no teatro musical no cotidiano do aluno foi muito significativa. A partir destas atividades os alunos fizeram muitas descobertas. Descobriram que o lema da bandeira brasileira está carregado de ideias positivistas. Perceberam através da música que a nossa vida é um processo de aprendizagem e que pelo acesso ao saber seja formal ou informal temos a oportunidade de nos aprimorar como seres humanos.
Os objetivos foram alcançados e os seus resultados demonstram o sucesso da experiência realizada com o coral em libras no teatro musical. Uma experiência que favoreceu aos alunos, aos professores e a comunidade à aprendizagem da Libras de forma lúdica recreativa e sistematizada ampliando a comunicação com as pessoas surdas e os demais, minimizando preconceitos, promovendo humanização e a inclusão escolar e social.
Referências
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____________ Gestão ação e transformação com o Projeto Recreação e Cidadania. Disponível em: http://br.monografias.com/trabalhos2/gestao-recreacao/gestao-recrea..., acesso 28/12/2011.
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VENTURA, Deisy. Do Direito ao Método e do Método ao Direito. Portal Acadêmico Fadisma. Disponível em Fadisma.com.br, acesso 04 agosto 2012.
Anexo 1 – Texto do Teatro Musical
Do paradigma Integrador ao Inclusivo através da Rádio.
O ano de 1920 foi um período marcado pelo confronto de ideias entre correntes divergentes culminando na derrocada econômica mundial de 1929. A crise repercutiu ferozmente sobre o campo pois os agricultores haviam perdido os subsídios do governo que garantiam a sua produção.
Nesta época, frente à depressão economica, a música e a rádio amadurecem e assim passam a auxiliar a população na resolução dos seus problemas porque agora o acesso à informação passa a ser vital para a sobrevivencia das empresas e dos seres humanos.
Inseguros, devido à necessidade de informações e conhecimentos as pessoas começam a ouvir e a depender cada vez mais do rádio que surge no cenário como um elemento reconfortante. O saber passa a ser sinônimo de poder e a educação passa a ser o privilégio apenas de uma elite.
Mesmo cientes da necessidade educacional para a formação humana, os governos oligárquicos ignoraram as transformações sociais e mantiveram a nação sob o regime econômico agroexportador. Deste modo, o país e a economia iam bem enquanto as grandes potências industriais conseguiam comprar e consumir os produtos agrícolas produzidos no Brasil.
A Revolução de 30 coloca o Brasil no mundo capitalista da produção, os recursos acumulados foram investidos no mercado interno e na produção industrial. A música brasileira, em especial o samba começa a destacar-se no cenário nacional e mundial e a realidade brasileira exige uma mão de obra cada vez mais especializada. Assim é preciso investir na educação.
Para isso em 1931 foi criado o Ministério da Educação e da Saúde Pública, onde o governo provisório sancionou decretos organizando o ensino secundário, despertando desta forma muita esperança no coração do povo brasileiro que acreditava com convicção nos ideais positivistas. Na força do lema da bandeira: ordem e progresso, que tem o amor por princípio, à ordem por base e o progresso por fim.
Terminadas as ditaduras no paradigma integrador, o Brasil volta-se a democracia, e com isso a função da rádio passa a ser mais social, aproximando as pessoas e os apaixonados. Até chegar a contemporaneidade onde as pessoas e as comunidades incluem-se pelo respeito e pela cultura.
Referências
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HISTORIA DO RÁDIO. Disponível em: http://www.srhistoria.blogspot.com.br/ Acesso em 15/04/2012.
OUVINDO O BRASIL: o ensino de história pelo rádio - décadas de 1930/40. Disponível em :http://biblioteca.universia.net/html_bura/ficha/params/title/ouvind...
POSITIVISMO. Disponível em :http://www.brasilescola.com/sociologia/positivismo.htm Acesso em 15/04/2012.
RADIO. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%A1dio_(comunica%C3%A7%C3%A3o)
RADIODIFUSÃO http://pt.wikipedia.org/wiki/Radiodifus%C3%A3o
100 ANOS DE RADIODIFUSÃO. Disponível em http://www.aminharadio.com/radio/100_anos-4
Acesso em 14/04/2012
FERREIRA, Priscila. O rádio como recurso didático para entender os anos 30 no Brasil
http://www.efdeportes.com/efd136/o-radio-como-recurso-didatico.htm
NAPOLITANO, Marcos. A historiografia da música popular brasileira. Disponível em:
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ROSA, Noel. Positivismo. Letra e Música. Disponível em:http://letras.terra.com.br/noel-rosa-musicas/1002911/
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