INCLUSÃO: A NOVA ORDEM SOCIAL DOS POVOSAutora – Lisete Maria Massulini Pigatto 2011ResumoNo artigo aborda-se a inclusão: a nova ordem social e a educação inclusiva de acordo com a visão da UNESCO (2005). O trabalho justifica-se pela necessidade de revisar conceitos e identificar as Metas Educativas para 2021. Objetiva sensibilizar as pessoas sobre a educação inclusiva que não limita-se a escola e ao deficiente, mas integra-se a uma proposta mais ampla, busca outras formas de gestão e modos de educar, independente do gênero, da idade ou da posição socioeconômica. A proposta visa incluir todas as pessoas no sistema e melhorar a qualidade de vida pois busca respostas no amplo espectro para que a sociedade consiga evoluir, valorizando as potencialidades nos entornos educativos formais e não formais. Deste modo a educação inclusiva analisa como transformar os sistemas educativos e outros ambientes de aprendizagem com a finalidade de responder a diversidade de interesses, ampliando o acesso à educação seja esta presencial ou à distância. Para que tanto os professores como os aprendizes adquiram a capacidade de qualificar-se e percebam a diversidade como um elemento enriquecedor na aprendizagem e na convivência no lugar de um problema. A proposta tem como objetivo sensibilizar as pessoas sobre o novo paradigma em que se vive. A metodologia utilizada foi à investigação ação numa perspectiva dialógica e dialética. Os resultados são animadores, na medida em que as pessoas conhecem a proposta passam a colaborar com o processo inclusivo. Conclui-se que é preciso divulgar estas informações para que as pessoas percebam que para incluir-se é preciso aprender a conviver.Palavras Chaves: inclusao; ordem social; educação inclusiva.IntroduçãoO presente trabalho contextualiza-se com a nova ordem social: a inclusão e as Metas Educativas para 2021, que visam fortalecer as políticas educativas e culturais. No intuito de assegurar uma educação de qualidade desde a primeira infância, de forma universal e gratuita melhorando as condições de vida dos jovens e oferecendo oportunidades reais de crescimento integral para que todos possam alcançar níveis mais elevados de inclusão e desenvolvimento social nos paises e avançar na consolidação do espaço iberoamericano do conhecimento.Justifica-se o trabalho pela necessidade de revisar conceitos e identificar as Metas Educativas para 2021. No mundo somos mais de 6 bilhoes de pessoas e destas milhões encontram-se fora do sistema pela falta de acesso à sáude, aos serviços públicos. Excluídos do acesso a terra e a outros ativos pela falta de capacitação eficaz, do acesso ao financiamento mediante mercado de crédito e dos trabalhos formais pela falta de uma formação adequada, bem como outros excluídos da participação e da influência política. No mundo são 77 milhoes de crianças e jovens sem escolaridade entre os que não tem meios para chegar a escola, e os que chegam mas recebem um tratamento discriminatório por razões pessoais e culturais e os que assumem o fracasso escolar ou por medo de enfrentar o sistema.Segundo a Unesco 2010 as desigualdade sociais no Brasil afetam diretamente as diversas condições de acesso à educação no país e quase todos os indicadores educacionais brasileiros que evidenciam este fato. A desigualdade educacional das crianças, dos jovens e dos adultos brasileiros, penaliza alguns grupos étnicorraciais, a população mais pobre e do campo, os jovens e adultos que não concluíram a educação compulsória na idade adequada. As diferenças raciais e étnicas continuam existindo especialmente a alguns grupos específicos como a população indígena, a afrodescendente, os quilombolas, carcerária e a rural.Vive-se numa sociedade injusta, que pela falta de consciência sobre os direitos e deveres limita as oportunidades na educação, no trabalho, na ocupação e renda resultando em altas doses de exclusão, violência e corrupção na sociedade. Isto acontece devido a falta de segurança social, de distribuição desigual da renda, do acesso a produção, a fragmentação do estado, a ineficiência das medidas tributárias, a corrupção, a incapacidade de gestão e a ausencia de política social.Além destes, a ausência da democracia econômica e social vem provocando desastres e as políticas públicas não contam com a participação efetiva dos setores mais carentes em programas socioeconômicos-educacionais, de modo que as pessoas possam humanizar-se, capacitar-se e emancipar-se com o saber. Sem esquecer a perca do capital social, a fuga de cérebros, de pessoas que por falta de oportunidades abandonam o país e causas que ajudariam no seu desenvolvimento.Nos anos 90, no intuito de favorecer uma educação para todos surgiram algumas idéias voltadas a proposta inclusiva. Deste modo segundo a percepção da UNESCO 2005, a inclusão visa fornecer respostas apropriadas ao amplo espectro das necessidades de aprendizagem nos entornos educativos formais e não formais. Sendo que, a ordem social é incluir e a educação inclusiva não limita-se a escola e ao deficiente mas integra todas as formas de educar, englobando todas as pessoas, independente de gênero, idade ou posição socioeconômica pois visa melhorar a qualidade de vida do cidadão. Ao invés de tratar o ingresso dos alunos com características diferentes na educação corrente como um assunto marginalNesta perspectiva a proposta inclusiva passou a preocupar-se com [...] todos los alumnos, independientemente de sus condiciones físicas, intelectuales, sociales, emocionales, lingüísticas e outras.” (RODRÍGUEZ, 2007, p. 64) Para que participem do processo de ensino aprendizagem de forma democrática e saudável. Assim, a educação inclusiva analisa como transformar os sistemas educativos e outros ambientes de aprendizagem com a finalidade de responder a diversidade de estudantes. Para que os professores e os aprendizes adquiram a capacidade de sentir-se cômodos com a diversidade percebendo-a como um elemento enriquecedor na aprendizagem, em lugar de um problema. (UNESCO 2005, p.121)A UNESCO visa apoiar os países na implementação de ações afirmativas que promovam uma educação de qualidade. No intuito de incluir todos os grupos, numa proposta inclusiva que contemple a educação formal e informal, seja no modo presencial ou a distância. Nesta perspectiva “lá inclusión tiene que ver entonces con derechos humanos, com desarrollo, con democracia y con oportunidad de vida con calidad;” (RODRÍGUEZ, 2007, p. 62) Para isso os governos devem oportunizar aos cidadãos, o acesso aos serviços de saúde, alimentação, nutrição, educação, moradia, o acesso aos serviços e água e esgoto, o desenvolvimento do capital humano preservando a população em situação de pobreza extrema e de outra natureza. Não de forma paternalista, mas com propostas que instiguem as pessoas a prender a aprender, aprender a fazer, a ser, a viver e a conviver com dignidade.De modo que todos possam ser incluidos pois uma sociedade excludente não oferece oportunidades ao indivíduo que pensa e age diferente, excluindo os que por [...] razones personales o culturales manifiestan una distancia con respecto a esas normas, suelen quedar rezagados en el camino hacia lasa posibilidades de desarrollo. (RODRÍGUEZ, 2007, p. 62) Já uma sociedade inclusiva é aquela que cria oportunidades, com qualidade equitativa para que nenhum dos seus membros fique fora do desenvolvimento a nível pessoal e cultural de forma saudável.Nesta sequencia de propostas inclusivas surgem as metas educativas para 2021, reforçando os objetivos da Declaração universal dos direitos humanos (1948) pois [...] la educación és la estratégia fundamental para avanzar em la cohesión y em la inclusión social.” ( p.16) A inclusão é percebida como um processo historico que vem aprimorando-se ao longo do tempo. Frente a nova ordem social que instala-se no mundo questiona-se:- Como ajudar as pessoas a atuar com mais segurança neste paradigma?O trabalho tem como objetivo sensibilizar as pessoas sobre a educação inclusiva que não limita-se a escola e ao deficiente, mas integra-se a uma proposta mais ampla. Na qual busca outras formas de gestão e modos de educar, independente do gênero, da idade ou da posição socioeconômica.MetodologiaA proposta será desenvolvida por meio da investigação ação numa relação dialógica e dialética. E em relação aos objetivos procura-se refletir sobre o tema no intuito de construir novas possibilidades inclusivas. O método de abordagem será dedutivo, eis que a temática parte do geral ao específico.DiscussãoA partir da analise do contexto percebe-se que ainda estamos muito longe do ideal inclusivo pois para incluir é preciso aprimorar o processo de convivencia. Assim busca-se unir a diversidade de idéias no intuito de construir espaços para a humanização e a emancipação das pessoas. De modo que estas tornem-se autonomas, críticas e reflexivas, conscientes da sua responsabilidade social formando uma nova cultura voltada a democracia e a solidariedade.ConclusãoAo longo do tempo busca-se novas formas de aprender a viver e a conviver melhor. Após a inquisição da igreja e da ciencia, parece que o mundo vem descobrindo uma nova forma de vida fundamentada na Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). Acredita-se nesta idéia e na participação do professor como mediador desta causa, por isso espera-se que seja debatida em todas as esferas sociais e que delas surjam muitos programas e projetos sociais vinculados as politicas publicas inclusivas oportunizando a inclusão de todas as pessoas.Referência BibliográficaDECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS. Disponível em
http://www.nossosaopaulo.com.br/Reg_SP/Barra_Escolha/Direitos_Humanos.htm. Acesso 05 out 2010.2021 - METAS EDUCATIVAS. Disponível em
http://www.oei.es/metas2021/libro.htmUNESCO 2010. Disponível em
http://www.unesco.org/pt/brasilia/education/inclusive-education/ acesso em 07 de agosto de 2010.CARR, W e KEMMIS, S. TEORIA CRÍTICA DE LA ENSEÑANZA: Investigación-accion en la Formación del Professorado. Barcelona: Martinez Roca. 1988.RODRÍGUES, L. La educacion especial em Costa Rica: fundamentos y evolución. San José C. R. EUNED, 2007._____________ El Panorama Latinoamericano de las Prácticas Educativas Inclusivas. VI Encuentro Internacional de Inclusión Educativa:¿Y de la Ética, qué? San José C. R. 2010.UNESCO. Guidelines for inclusión: Ensuring Access to Education for All. France: UNESCO, 2005.
Comentario (8 comentarios)
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Estimada
Lisete Pigatto.
Le he enviado a sus mail particular, comentarios sobre su artículo enviado, por favor REVISAR el mismo, para continuar en la tarea que nos reúne.
Cordialmente
Silvina
Revista FCE-UNNE
Argentina
Helena. Obrigado por atender meu pedido para ser meu amiga nesta rede. Queira aceitar, por enquanto pedido meu amigo.
Colega Lisete M. Massuloni. Atenciosamente. Estou interessado em ser seu amigo nesta rede, é por isso apresento meu pedido. Aguardo a sua comenetarios. Carinhoso abraço.
Muito obrigado
we heve speak in spanish. I don´t speak portugues.